CÃO PERDIDO, O FILME - Máquina Lúdica
1433
portfolio_page-template-default,single,single-portfolio_page,postid-1433,qode-quick-links-1.0,ajax_fade,page_not_loaded,,qode-title-hidden,qode-theme-ver-11.1,qode-theme-bridge,wpb-js-composer js-comp-ver-5.1.1,vc_responsive

CÃO PERDIDO, O FILME

O projeto Cão Perdido, o filme se apropria do universo da animação para contar uma história que incentiva ações voltadas para a qualidade de vida das pessoas e apresenta um inusitado ponto de vista: bonecos animados que circulam pela paisagem urbana interagindo com seus elementos iconográficos – como grafites, pichações e o caos visual.

O filme começa sua trajetória pelo Morro do Querosene, um bairro paulistano repleto de tradições da cultura popular e estabelece conexões com outros pontos da cidade, com o objetivo de abordar temas universais ligados ao meio ambiente e a educação de jovens e crianças, tais como a importância do uso consciente dos recursos hídricos, a ocupação de espaços públicos para o lazer, o uso da bicicleta como meio de transporte, o abandono e a adoção de cães e gatos e as consequências da especulação imobiliária no fluxo das grandes cidades. Assim, o filme apresenta de maneira poética e criativa, a relação das pessoas com a cidade e cria um elo de ligação entre a teoria de uma vida equilibrada e a garantia de um meio ambiente saudável para todos.

MORRO DO QUEROSENE

O Morro do Querosene é reconhecidamente um lugar que pulsa cultura popular. Temos a Orquestra de Berimbaus, o grupo Cupuaçu da tradicional Festa do Boi, o Cine Querosene, além de muitos músicos, pintores, artesãos, cineastas e tantos outros artistas que tem como ponto em comum a tradição do uso do espaço público para manifestação cultural e artística.

SINOPSE

Os cartazes colados por donos que procuram seus cães perdidos, dispara o eixo central do filme, que vai investigar o sumiço do Cão Perdido. O detetive Borba, o gato, e seu assistente Ratazana, o rato, seguem pistas espalhadas pelos bairros da cidade. A motivação do detetive é devolver os cães a seus donos, tornando assim as ruas mais seguras para os gatos, e claro, a de receber suas “devidas” recompensas. No percurso, encontram Pérola, uma garota que circula de bicicleta pela cidade, levando na garupa um teatrinho de sombras do tipo “kamishibai” (tradicionalmente utilizado por japoneses contadores de histórias). Os personagens utilizados no kamishibai, ilustram as histórias inusitadas que ela narra sobre a formação da Metrópole, que envolvem o caminho do Peabiru, utilizado pelos Incas para chegar no oceano Atlântico e as Bandeiras, expedições realizadas pelos bandeirantes para “ocupar” o interior do Brasil. Intercalados entre as aventuras de Borba e Ratazana e as histórias narradas por Pérola, se desenrola um documentário, baseado em depoimentos de cães “animados” que se perderam de seus donos, mas tiveram a felicidade de encontrar um novo lar. O documentário investiga o repentino aumento do número de cães perdidos pela cidade, estimulando o imaginário do público no sentido de apontar um caminho de esperança na recuperação e preservação do meio ambiente.

Ideia original e roteiro: Eduardo Paiva

Proposta de direção: Edu Abad

STATUS: ROTEIRO E PROPOSTA DE DIREÇÃO

Contemplado pelo PROAC: criação e desenvolvimento de roteiro para telefilme infantil

TRAMA

A estrutura do roteiro estabelece três elementos narrativos que se articulam ao longo do filme e se cruzam no final. O primeiro, que é o fio condutor, explora as aventuras do detetive Borba e seu ajudante Ratazana, que investigam o sumiço do Cão Perdido. O segundo elemento se estabelece com as histórias do caminho do Peabiru e das Bandeiras, narradas por Pérola sob o ponto de vista de personagens mitológicos, oriundos de lendas da cultura popular, como o Saci Pererê, a Curupira, a Iara e a Mula Sem Cabeça. A trama se estabelece quando Pérola cola cartazes do Cão Perdido pelos muros da cidade e é abordada pelos detetives, a partir daí os dois elementos narrativos se mesclam, se apoiam e seguem paralelamente. O documentário que investiga o repentino aumento de cães perdidos na cidade é o terceiro elemento narrativo, que tem como função dramática, trazer fatos relevantes sobre os temas abordados pelo filme.

OFICINAS DE ANIMAÇÃO

Como contrapartida ao prêmio recebido através do edital PROAC (Programa de Ação Cultural da Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo), para desenvolvimento de roteiro para telefilme infanto-juvenil, oferecemos quatro oficinas de animação abertas ao público, que nos possibilitou desenvolver os bonecos dos personagens principais e experimentar diferentes técnicas de animação.

A partir do argumento criado pelos artistas plásticos e aderecistas Eduardo Paiva e Ruth Takiya, o animador Ruben Castillo desenvolveu os modelos de personagens do filme, que foram transformados em marionetes pelo artista plástico e cineasta, especialista em efeitos especiais, Marcos Bertoni.

Durante as oficinas que aconteceram em três locais – EMEF Amorim Lima, Piparia (espaço lúdico do Morro do Querosene voltado para crianças) e no FAMQ (Festival de Artes do Morro do Querosene) – contamos com a presença do diretor de fotografia Lucas Barreto e do designer e especialista em pixilation Pedro Barreto, além da participação dos criadores Eduardo Paiva, Ruth Takyia, Marcos Bertoni e do diretor Edu Abad.

Confira as experiências realizadas durante as Oficinas de Animação do Projeto Cão Perdido, o filme >>

Criação Coletiva
Edu Abad
Jorge Yo
Marcos Felipe
Miguel Pato Abad

Pesquisa Científica

Renato Mancini

Pesquisa Técnica
Edu Abad
Renato Cury

Trilha Musical

Só Tetele
Mulheres Negras

O Odioso do Egito
Zeca Baleiro

Índia Ginga
Dinho Nascimento

BORBA, o gato AEDES, o mosquito

Originalmente desenvolvido para o projeto Cão Perdido, o filme, o personagem Borba, o gato, foi “convidado” para participar da campanha Xô Aedes, realizada pelo Ponto de Cultura Arte & Cultura do Morro do Querosene, um projeto da Associação Cultural da Comunidade do Morro do Querosene. Trata-se de uma campanha de prevenção à epidemia de dengue, zica e chikungunya que costuma acontecer nos meses de abril e maio, logo após as águas de março, quando se verifica grande proliferação do mosquito transmissor dos vírus.

Para o lançamento da campanha Xô Aedes, fizemos uma roda de conversa na Rua da Fonte (10/04/2016), local que nós, da Associação Cultural da Comunidade do Morro do Querosene, estamos batalhando para transformar no Parque da Fonte, e de tão interessante que foi, resolvemos retomar o assunto no dia 24/04/2016, desta vez, durante o Cine Querosene, o cinema de rua que realizamos na Pracinha do Morro uma vez por mês. Fizemos uma oficina aberta, para ensinar como confeccionar armadilhas para mosquitos e exibimos diversos filmes educativos e informativos sobre o tema e alertamos sobre a gravidade da epidemia.